Por favor, me humilhe, senhorita vilã! - Capítulo 02
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Tradução: littlemarcondes | Revisão: Pandine
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Capítulo 02: Estou tão feliz por ser humilhada.
“Honestamente… Você não tem medo de mim?”
Yvonne planejava ir direto para casa depois de tudo isso, mas Elsa a seguiu. Desde que se deparou com a heroína, Yvonne sentiu seus olhos se contraindo sem parar. Não era um bom presságio para ela.
“Haha, por que eu teria medo de você, senhorita Yvonne?” Ela estava sorrindo para Yvonne novamente, era um sorriso radiante.
…Claro, Elsa era uma heroína de jogos otome. O que mais Yvonne poderia esperar? Ela estava sem palavras.
Elsa era o exemplo clássico de uma personagem feminina simples e comum que conquistou interesses amorosos com seu sorriso inocente e pureza de coração. Era como se as flores desabrochassem ao seu redor cada vez que ela sorria, dando às pessoas uma espécie de sensação de “dokidoki”. Yvonne meio que conseguia entender por que os interesses amorosos se apaixonariam tanto por ela. Deveria ser ilegal ser tão fofo.
Nota: dokidokiaqui seria algo como o batimento acelerado do coração.
“Nossa… eu já te intimidei tantas vezes até agora. Você não pode entender a dica e ficar longe de mim?”
“Hmm, pode soar meio estranho, mas eu realmente gosto de ser ‘intimidada’ por você.”
…Ela tinha que ser masoquista, certo?
Embora Yvonne possa pensar assim, Elsa nunca achou que a “humilhação” fosse exagerada. Como Elsa tinha a tendência de um personagem principal de atrair problemas, muitas pessoas a assediaram no passado. De todos eles, apenas Yvonne a tratou com bondade.
“Você realmente é uma esquisita.” Yvonne parecia revoltada. Quase se podia imaginar as linhas azuis de anime escurecendo seu rosto.
“Haha, você pode pensar o que quiser, senhorita Yvonne.” Ela riu e brincou com mechas de seu cabelo ruivo. Seu olhar para Yvonne ficou distante, como se ela estivesse se lembrando de algo. “Quando se trata disso, ninguém se sentiria agitado se alguém fizesse algo como escrever seus nomes em todo o quadro-negro?”
Yvonne quase cuspiu. “I-Isso é passado! Você não pode simplesmente esquecer isso?!” Ela tentou manter a calma de acordo com sua imagem de vilã, mas o rubor em seu rosto revelou seus verdadeiros sentimentos.
“Hahaha. Não. Essa é uma memória importante que fiz com você.”
A heroína sorriu inocentemente, mas Yvonne sentiu calafrios por todo o corpo. Aquela garota sempre foi mais desonesta do que seu eu de cabelos rosados pareceria!
Memórias do que aconteceu antes encheram a cabeça de Yvonne.
Foi quando as duas estavam no ensino fundamental, antes da história principal começar. O sistema disse a ela para escrever o nome de Elsa em todo o quadro-negro. Uma tática clássica de valentões de pátio de escola, a ideia era juntar a garota sendo intimidada com o garoto mais feio da classe, para que todos rissem dela. Por mais infantil que fosse escrever “___ gosta de ___”, era uma questão de grande importância para os adolescentes e o suficiente para tornar a parte afetada motivo de chacota.
O par mais adequado obviamente era com o garoto simplório e obeso chamado ironicamente de “Balofo”. As outras crianças já zombavam dele regularmente. Se Yvonne piorasse sua situação enquanto completava a tarefa do sistema, ela não seria melhor do que aqueles valentões nojentos.
Yvonne não queria envolver espectadores inocentes. No entanto, as tarefas do sistema tinham que ser concluídas dentro de um determinado prazo ou ela seria punida. Pressionada pelo tempo, Yvonne não conseguia pensar em nada melhor para fazer. Confiando na imprecisão do sistema em detalhar qual nome poderia preencher qual espaço em branco, ela escreveu seu próprio nome. O quadro-negro foi coberto com “Yvonne gosta de Elsa” dentro dos cinco minutos previstos e seu destino foi selado.
A escrita humilhante tinha que ficar no quadro até o dia seguinte e Elsa era a responsável pelas tarefas. Ela ficou muito feliz com a visão, de longe a coisa mais louca e perturbadora. Ela nunca parou de incomodar Yvonne daquele dia em diante. Por causa desse evento, Yvonne passou um semestre torturante quebrando a cabeça em busca de maneiras de intimidar Elsa todos os dias. Ela lamentou sua decisão constantemente. Ela jurou nunca fazer algo tão tolo novamente.
Elsa riu novamente: “Haha, eu sei, afinal você é o tipo de pessoa que me pegaria mesmo se puxasse minha cadeira logo antes de eu me sentar.”
“Sua pequena… Você deveria pelo menos estar brava por eu ter puxado sua cadeira!”
“Mas eu amo ser pega por você,” ela disse, sorrindo, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Ela olhou com adoração para Yvonne.
Yvonne era alta e esbelta, seus braços esguios, mas bem construídos, e ela tinha um bom físico devido ao exercício regular. Elsa se sentiu extremamente segura sendo abraçada por ela e sua felicidade em tocar sua paixão não precisa ser dita. Ela aceitaria esse tipo de “intimidação” qualquer dia.
“…” Yvonne ficou perplexa ao ouvir Elsa. Tudo bem, ela teve que admitir que seus métodos de intimidação eram bem pouco ortodoxos, mas ela realmente não tinha escolha. Porque… não é como se ela quisesse intimidá-la! Era aquele maldito sistema que a pressionava a fazer isso! Então, para compensar Elsa, tudo o que Yvonne podia fazer eram pequenas coisas que não violariam as regras do sistema.
Ela pode ter pensado que era uma maneira normal de pensar, mas Elsa provavelmente não…
“Além disso, quando você ficou na minha frente com aquele olhar feroz em seus olhos e disse: ‘Só eu tenho permissão para intimidar essa garota!’ – Você foi tão arrojada, Senhorita Yvonne!” Elsa estava extasiada por suas próprias memórias, agindo como uma garota que estava loucamente apaixonada.
“Estou implorando, por favor, pare! Estou tão envergonhada que poderia morrer!” Foi só quando Elsa trouxe isso à tona que Yvonne percebeu que ela realmente tinha feito um monte de coisas estúpidas!
“Mesmo assim, não há razão para você continuar sendo intimidada por mim, certo? Você não deveria ter me seguido até aqui…”
“Mas, Yvonne… Em última análise, você não está nesta situação por minha causa?” Elsa parecia ansiosa.
“Hm, não, isso não tem nada a ver com você, tá?” Yvonne não queria culpar ninguém por seus infortúnios. Como parte da punição do sistema por ela não completar uma tarefa, seu pai, Duke Quimper Smollett, foi acusado de cometer crimes fabricados, e ela também foi obrigada a transferir a escola para cá. Em outras palavras, era ela que não seguia as ordens do sistema. Não tinha nada a ver com a heroína.
No entanto, enquanto apenas Yvonne deveria ser capaz de perceber o sistema, parecia que Elsa estava sempre afiada o suficiente para notar que algo estava errado.
“De qualquer forma, não vou te abandonar, Yvonne! E isso é porque você é minha alma gêmea predestinada!” Ela disse isso como uma confissão, como se tivesse decidido alguma coisa.
“De novo não… Por que você continua falando essas bobagens? Eu tenho coisas para fazer, então adeus.” Yvonne se virou, pronta para sair. Seus pensamentos estavam todos em desordem. Ela ficou confusa com essa declaração sem sentido e aleatória. Ela pensou: “Eu joguei esse jogo! Sua ‘alma gêmea predestinada’ é obviamente esse príncipe!”
Na verdade, mesmo que Elsa não tenha escolhido o príncipe, havia muitos outros homens na fila prontos para proclamar seu amor por ela, esperando uma chance com ela. Havia mais de cinquenta interesses amorosos para escolher, e Yvonne simplesmente não entendia por que Elsa deliberadamente se apegou a ela.
“…Porque eu gosto de você, Yvonne,” Elsa murmurou. A heroína ficou ao lado de Yvonne. Yvonne não conseguia ver seu rosto, mas sentiu Elsa apertar ainda mais seu braço.
O que ela deveria fazer?
Parecia que ela tinha mais três árduos anos pela frente.